‘’Eu
já sei e você sabe, que a vida quis assim, e que nada neste mundo levará você
de mim’’
-Eu te dou minha palavra que tudo dará certo, daria minha vida
para salvar a sua – Eu chorava insanamente – Eu te prometo que se você ficar,
eu farei tudo com você, ficarei em seu lado em todos os segundos, irei com você
realizar qualquer sonho, largo tudo por
você, mas me prometa ficar Sofia, me prometa – Eu não tinha mais noção de nada
até a enfermeira adentrar o quarto e dizer que meu tempo acabara
-Tudo bem, já estou de saída –Apertei a mão de Sofia, e
depositei um beijo nas costas de sua mão – Eu amo você meu amor – Apertei sua
mão outra vez em senti um aperto fraco de volta, fiquei paralisada, até que senti outro aperto
de volta até que os lábios dela se movimentaram, como se ela quisesse falar
-Ela voltou! –gritei desesperada – Você voltou meu amor – A
abracei chorando – Meu anjo você voltou – Eu chorava, e sentia ela passar o
polegar pelos meus braços - Você voltou
– Falei passando os dedos no rosto dela – Ela voltou, porra! – gritei outra vez
fazendo uma série de enfermeiros/as e médicos entrando no quarto
- Precisamos que você se retire, explicaremos tudo quando
acabarmos os procedimentos, tudo dará certo – Uma gentil enfermeira me
informou, me retirando mais feliz que nunca peguei meu celular e liguei para a
mãe da minha melhor amiga
‘’- Ela
voltou tia Ka, ela tá acordada
-Você só
pode estar brincando Alice, Sofia acordou?
-Sim tia
Ka, eles estão fazendo alguns procedimentos nela, ela está acordada tia Ka!
-Eu não
posso acreditar, vou sair da empresa agora, já chego ai’’
Eu ainda estava meio paralisada, algumas lagrimas que
escorriam aos pouquinhos, liguei para Pedro, eu realmente queria ele lá
‘’-Olá
minha babacona mais gostosa
-Filho da
puta babacão, a Sofi acordou, preciso de você agora
-Puta que
pariu, babacona, chego ai em 5 minutos, você tá me zoando?
-Não seu
babaca, vem logo – Bufei todo mundo achava que eu tava zoando
-Calma
porra, to chegando, gostosa ‘’
Me sentei e entrei num álbum destinado ao nosso trio ternura,
na época que as coisas eram boas, não que hoje elas não sejam, só que antes nós
tínhamos o controle de tudo, sabíamos o que poderia acontecer com o decorrer do
tempo, porém éramos felizes, não ligávamos muito para o amanhã, só queríamos
nos divertir e zoar um com a cara do outro, mas com o tempo nós crescemos,
mudamos, vemos como a vida é de perto e de como ela consegue destruir as
pessoas
Lembrei desse dia, que foi tão especial para nós, havíamos
acabado o ensino médio, tínhamos 18 anos e bebemos 1 garrafa de cerveja e nos
considerávamos bêbados por isso – ri para dentro – por mais que tenha sido
apenas uma garrafa tudo aquilo foi perfeito,
porque nós tínhamos a prova de que aproveitávamos a vida sem nos
importar com nada apenas com nossa felicidade, e por um instante me senti de
volta a aqueles dias bons, e felizes em que riamos de nossas piadas internas e
nos sentíamos maduros para a vida, lembrei que Jolie havia tirado essa foto
para gravar um dos poucos momentos em que Sofia não estava no hospital e com a
careca exporta e sim com uma peruca feita por uma gentil enfermeira
Sorri ao lembrar dessa
viagem, havíamos ido a São Paulo, porque Sofia precisava fazer alguns exames e
rotina e especiais, e nós riamos, sem se preocupar com nenhum resultado que
poderíamos ter, sempre mandávamos alguma indireta para um fumante tipo ‘’Você
leu aquela matéria do jornal que os fumantes tem mais dificuldade de ter a
ereção?’’ até que no fim do dia recebemos o resultado que o câncer de Sofia
havia voltado mais forte, mas nunca em sequer um segundo pensamos em desistir.
Uma lagrima rebelde desceu, saudade era o nome, senti as mãos
acolhedoras da tia Ka em meus ombros
-Minha querida o que houve? – Ela me levantou e me deu um
abraço gentil e caloroso, como os da minha mãe
-Nada, está tudo sob controle – Sorri, ela fez o mesmo, mas
ambas sabíamos que eu estava mentindo
-Então tudo certo - Ela
deu um riso nervoso – Minha felicidade é tão grande mais eu não sei se minha
Sofia vai voltar como antes - Ela deu um
sorriso triste, e eu a compreendi, estava me sentindo da mesma forma, meus
olhos vagaram pelo ambiente, até encontrar os de Pedro, sorri, ele estava ali,
ele veio, era dele que eu precisava
-Oi meu amor – Ele se aproximou e me eu um beijo caloroso –
babacona – ele sussurrou entre o beijo
-Onde ficou o seu detector de localização querido namorado?
Porque de babaca só tem você aqui – Falei entre os lábios dele
-O babaca que você ama – Ele falou por fim e se aproximando
dos meus lábios e me dando um beijo fervoroso, ficamos em perfeita sincronia,
por pelo menos 2 minutos, dando algumas paradas para recuperar o ar, até que
por fim eu cansei
-Você me deixa sem ar e tonta, seu babaca – Falei colocando as
mãos na cabeça
-E você adora – Ele disse rindo – Tia Ka, meu deus me perdoa
eu nem te vi – Ele disse se aproximando dela e dando um abraço caloroso – A
babacona ali nem avisa – Ele disse rindo e concluindo o abraço
-Ah querido que nada, pode continuar – Ela riu voltando a se
sentar lendo seu livro
-Parentes de Sofia Cass – A gentil enfermeira chamou e nós nos
andamos até lá as pressas, ela deu um sorriso gentil –Bom, temos boas e más noticias
-Comece pelas boas porque o mal a gente resolve no final –
Falou tia Ka
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Demorou? Demorou. Saiu? Saiu. Foi mal gente eu ia postar no fim de semana mais eu nem consegui acabar de escrever mais enfim, provavelmente eu também demore um pouco com o capitulo 7 mas podem ter certeza que irei postar, com amor da #Duds
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